O endividamento das famílias brasileiras é um tema de grande relevância, especialmente em um cenário marcado por desafios econômicos, como a crise global desencadeada pela pandemia do novo corona vírus.
O cenário atual do endividamento das famílias
Para compreender a gravidade do endividamento das famílias brasileiras, é crucial analisar alguns números e tendências. Em agosto de 2020, o endividamento atingiu seu maior patamar em mais de uma década, chegando a 67,5%, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O cartão de crédito é apontado como o principal vilão do endividamento, representando cerca de 76,7% das dívidas, seguido por carnês (18%) e financiamento de veículos (11,1%). O impacto da crise global, desencadeada pela pandemia, contribuiu significativamente para esse cenário desafiador.
As causas do endividamento das famílias brasileiras
Para entender por que as famílias brasileiras enfrentam níveis tão elevados de endividamento, é importante examinar as principais causas:
- Falta de educação financeira: Uma das principais razões para o endividamento é a falta de conhecimento sobre como gerenciar as finanças pessoais. Muitas pessoas não têm o hábito de acompanhar seus gastos e não entendem completamente suas próprias finanças.
- Consumo excessivo: Gastar mais do que se ganha é uma armadilha comum que leva ao endividamento. É fundamental avaliar o estilo de vida e fazer ajustes nos padrões de gastos para evitar esse problema.
- Uso do cartão de crédito sem controle: O cartão de crédito pode ser tentador, levando as pessoas a gastar mais do que podem pagar. O crédito rotativo oferecido pelos bancos pode criar uma dívida insustentável.
- Desemprego e redução de renda: A crise econômica e o desemprego, agravados pela pandemia, resultaram na perda de renda para muitas famílias, tornando difícil pagar dívidas e manter um padrão de vida.
- Financiamentos imobiliários e de veículos: Comprometer-se com financiamentos de longo prazo, como imóveis e carros, pode levar ao endividamento se as condições financeiras da família não forem bem administradas.
Revertendo o cenário de endividamento
Embora o cenário seja desafiador, há medidas que as famílias brasileiras podem adotar para reverter o endividamento:
- Educação financeira: Busque cursos ou consultoria em educação financeira para aprender a gerenciar suas finanças de forma eficaz. Entender como criar um orçamento, acompanhar gastos e economizar é fundamental.
- Acesso ao crédito responsável: Promover maior acesso ao crédito a taxas de juros mais baixas pode ajudar as famílias a refinanciar dívidas existentes e sair do endividamento de forma mais sustentável.
- Prazos de pagamento estendidos: Oferecer prazos de pagamento mais longos pode ajudar as famílias a organizar suas finanças e sair da inadimplência de maneira gradual.
- Repensar necessidades e prioridades: É importante que as famílias avaliem suas necessidades atuais e revejam seus padrões de consumo. Aprender a dizer não a compras impulsivas é essencial.
- Investimento para o futuro: Explorar oportunidades de investimento pode ajudar a construir um patrimônio financeiro para o futuro, proporcionando segurança financeira a longo prazo.
Além disso, é crucial desenvolver uma cultura de poupança e criar uma reserva financeira de emergência. Essa reserva pode ser fundamental para enfrentar crises econômicas e reduzir a dependência de crédito caro.
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